Page 75 - Comunicar na Republica

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Esta rede evoluiu com o tempo, porém, ao que tudo
parece indicar, os mapas não eram editados com re-
gularidade.
atividades durante a I República e posteriormente na
II República com a def lagração das guerras do Ultra-
mar. Contudo, o fabrico de equipamentos de teleco-
municações passou a ter outros concorrentes, a partir
da I República, nomeadamente nas Oficinas Gerais
dos CTT e no Grupo de Estudos de Comutação Au-
tomática/Centro de Estudos de Telecomunicações
(GECA/CET).
O serviço telegráfico das Forças Armadas por meio
de heliógrafos data de cerca de 1880, porém foi nas
duas primeiras décadas do século XX que cobriu
quase todo o território.
O segundo sargento amanuense Manuel Martins, da
DTPMC – Direção dos Telégrafos e Pombais Milita-
res do Continente, construiu dois heliógrafos, que fi-
caram conhecidos com o seu nome – heliógrafos de
Martins, os quais foram considerados «simples e van-
tajosos», tendo dado os «mais apreciáveis resultados»
(ofício n.º 470 da DTPMC de 15-08-1884).
Rede de pombais
Durante a I República e alguns anos do Estado Novo
existiu uma rede de pombais militares em que os
pombos-correios eram os portadores de mensagens.
Este sistema de comunicações funcionava, em espe-
cial, como recurso quando outras formas de levar a
mensagem não eram viáveis. Todavia o serviço dos
pombos-correios foi utilizado não só no serviço mili-
tar bem como na sociedade civil. Augusto César Bon
de Sousa dedica a este tema um estudo intitulado
«Serviço dos Pombos Correios nos Exércitos e seu
Emprego no Serviço e Indústria Particular».
Em 1926 procedeu-se a uma reorganização do Exér-
cito, tendo a Inspeção do Serviço Telegráfico Militar
(ISTM) sido extinta. Nesta sequência os pombais mi-
litares que ainda eram considerados úteis passaram
para a alçada do Regimento de Telegrafistas.
Mapa da rede de pombais militares.
Heliógrafo.
FPC