Page 14 - Comunicar na Republica

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Enquadramento
um trabalho de projeto investigativo cooperativo/
colaborativo que se pretende um projeto útil, perti-
nente, atual, activo e atuante, em construção criativa,
mas também aglutinador, articulatório, participativo
e complementar: comunicativo, educativo, rigoroso,
ponderado pela investigação-ação participativa, ca-
paz de ref letir sobre si, de uma forma consciente e
consequente, de resultados contributivos ao serviço
da sociedade, dos cidadãos e da cidadania com vista
à melhoria da qualidade comunicativa e/ou sustenta-
bilidade culturativa.
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Assim, neste projeto concetual de trabalho investi-
gativo – «Comunicar na República» restringimos o
conceito de comunicar à perspetiva do enviar/rece-
ber e/ou transmitir, promover/difundir mensagens,
informação, conhecimento..., entre pessoas, median-
te um código comum, entre o destinatário/reme-
tente ou emissor/receptor, tanto pelo endereçar ou
encaminhar, pelo tratamento de correspondência por
correio, por vários meios de transporte, como pela
transmissão de sinais, por meios óticos, eletromagné-
ticos, eletrónicos, analógicos e/ou digitais... o tornar
comum por canais comunicantes – correios e teleco-
municações.
Assim, entendemos o projeto «Comunicar na Repú-
blica» enquanto processo capaz de gerar novos con-
tributos para melhor compreendermos o perspetivar/
prospetar (no passado, presente e futuro) o que foram,
são e serão ferramentas facilitadoras, instrumentos
para ajudar a desenvolver/aperfeiçoar o tornar co-
mum para o bem da coisa e da causa pública.
Desde sempre o ser humano tenta comunicar melhor,
mais longe e mais rápido.
6. Joel Pereira de Almeida. (2011).
In
: Comunicação ao XI
Congresso Internacional Galego-Português de Psicopeda-
gogia, Universidade do Minho/Universidade da Coruña,
«Contributos da Comunicação Educacional Multimédia para
melhoria da Qualidade Educativa» e ao III Seminario Ibero-
americano de Investigación en Museología (SIAM) – «Con-
tributos da Museografia Interativa, nos Museus/Centros de
Ciência e Tecnologia, para a promoção e desenvolvimento
da Cibercultura Científico-criativa na prospectiva da Susten-
tabilidade Culturativa» – Universidad Autónoma de Madrid
/Universidade do Porto: «Consideramos que a sustentabili-
dade culturativa passa pela (re)construção inter-relacional
de novos «saberes/atitudes» – ser/percepcionar, conhecer/
fazer, estar/conviver... consequentes da aquisição de novos
saberes interpretativos, cognitivos, resolutivos, relacionais
em articulação multidisciplinar: arte, ciência, tecnologia, hu-
manidades...reforçando o papel da comunicação educacional,
técnico-científica e sociocultural no e pelo envolvimento e
desenvolvimento da comunicabilidade informativo-forma-
tiva, usabilidade educativo-transformativa, educabilidade
multi-formativa, tanto na aprendizagem social – valores e
cidadania, como na sua consolidação cognitivo-cognoscitiva
pela promoção/desenvolvimento de uma nova cibercultura
científico-criativa da era digital.»
tendência de tentativa fatual de monarquização e/ou
neoliberalização de algumas das entidades e até ins-
tituições ditas republicanas, nos ditos bons ou maus
sentidos dos termos.
De alguma forma o mesmo acontece com o binómio
Comunicar – República: Por um lado, o consequente
alargamento da sua abrangência e, por outro, a diver-
sidade de pontos de vista – olhares crítico-construti-
vos/ref lexivos possíveis e desejáveis.
Mas também porque, de algum modo, na simbiose de
«Comunicar» com «República» podemos (re)conside-
rar análises de processos metamórficos e metafóri-
cos, tanto nas mudanças de forma, de natureza ou de
estrutura, quanto nas designações qualitativas e/ou
representativas, por analogias, alegorias interpretati-
vas neste âmbito concetual.
Neste sentido, «Comunicar» na «República» é visto
como modo de expressão interpretativo da vonta-
de, intencionalidade de informar, formar, transmitir,
participar na multiplicidade das suas interações, mas
também representativo de novas ideias, pensamen-
tos, ideários conscientes e consequentes nas formas
de interagir.
Deste modo, pensamos o concetualizar do «Comuni-
car na República» como um processo dinâmico, em
movimento, em contínua (trans)formação, transfor-
mador e (auto)transformativo que (re)evolui connos-
co e com o social... Integrado e integrador porque se
contextualiza no político, no económico, no educa-
cional, no patrimonial, no cultural..., de uma forma
(inter/trans)multidisciplinar e inter-relacional: arte,
ciência, tecnologia, humanidades... partindo de estu-
dos sobre o património nacional das comunicações –
correios e telecomunicações, do conhecimento histó-
rico e científico-tecnológico do acervo museológico à
guarda da Fundação Portuguesa das Comunicações,
uma equipa de investigadores do Grupo de Amigos
do Museu das Comunicações (GAMC) desenvolveu
FPC