Página 39 - Códice nº5, ano 2008

monial do museu, face ao seu discurso expositivo, sempre que possí-
vel em oficina pedagógica do (re)conhecimento das comunicações e
do aperfeiçoamento do acto de comunicar essencial à articulação
dos «saberes», tanto do saber fundamentar, pelo descobrir experi-
mentar,como do saber conviver pelo comungar,tornar comumonosso
compartilhar.
Neste propósito, o fundamental é mesmo preparar muito bem as
visitas de estudo emconjunto,professores/alunos/museu,centrados
nos alunos, porque o que conta, no final de contas, é criar cumplici-
dades aprendentes, desenvolvendo um espírito de causas comuns,
um entendimento dialogante com o que fazemos e/ou como pro-
movemos as coisas…,paraquemas destinamos e,acimade tudo,impli-
cando os destinatários, no trabalho de projecto de interacção edu-
cativa.
O necessário e premente é a tomada de consciência de como comu-
nicar ciência comconsequência,comresultado (trans)formador,deusa-
bilidade educativa, assumindo compromissos cúmplices, com paixão
e não compaixão permissiva para com o aluno/visitante, envolvendo
e desenvolvendo:
> um espírito de planeamento conjunto, de trabalho de projecto
colaborativo, baseado em metodologias activas centradas no
estudo para a resolução de problemas comunicacionais e de
objectivos de conteúdo de aprendizagem, em função dos inte-
resses e necessidades dos visitantes e centrados nestes, nas
suas expectativas, propósitos, perspectivas…
> umserviço educativo comum,complementar,gratificante e gra-
tificador, enquanto missão de interesse tanto para quem cria,
desenvolve e põe emprática,como para quemse envolve e par-
ticipa de uma forma activa e (re)compensadora pelamotivação
e vontade de aprender…
> um contribuir para a mudança de didácticas, novas formas de
pensar,actuar…,sabendoqueuma visitade estudoéumtempo
de trabalho, inserido num projecto abrangente de acção edu-
cativa.
É emergente mudar – mudar a maneira usual de programar e prepa-
rar a visita de estudo – mas, antes de pensar em mudar, é funda-
mental mudar de pensar – no sentido de que temos que ser sistema-
ticamente crítico-reflexivos dos nossos projectos de interacção edu-
cativa, numa perspectiva integrada e integradora de intervenção
pedagógica,enquanto resultadodeumprocesso continuadode inves-
tigação–acçãoparticipada– IAP,conducentee/ouconsequenteanovas
perspectivas didácticas, ou seja:
> Consideramos a investigação-acção como um excelente guia
orientador das práticas pedagógicas, com um propósito fun-
damental – melhorar os ambientes comunicacionais de apren-
dizagemna sala de aula, com vista a aumentar a qualidade de
ensino; enquanto metodologia é uma estrutura de interven-
ção sistémica em espiral; uma didáctica de partilha, reflexão
e/ou de (re)formulação dinâmica; assim, em conjunto com a
equipa do programa de acção, os intervenientes na metodo-
logia de trabalho de projecto de interacção educativa – TPIE,
partimos da focalização do problema – pelo sentir ou experi-
mentar das dificuldades – para estudos centrados na possível
resolução desse problema – planificação, imaginando, pela
sua compreensão, como ultrapassar essa(s) dificuldade(s) –
fundamentando as suas relações causais; uma vez designa-
das as hipóteses de interacção – pondo em prática a (re)solu-
ção traçada, estabelecemos o processo de experimentação-
acção participada, à luz dos resultados obtidos pela avaliação
contínua tutorizada, logo (in)formativa de causa-efeito –
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