des educativas;desdeadifusãodaexploraçãopedagógicadessas expo-
sições, das notícias inerentes às animações socioculturais e (in)for-
mativas, das actividades lúdico-educativas à divulgação patrimonial
–
espólio expositivo no Museu das Comunicações, herança continua-
da pelo valor do trabalhomuseal/educacional desenvolvido pelameri-
tória equipa do Museu dos CTT.
Importa salientar, no número um da revista
Códice
,
numa entrevista
como então presidente da Fundação,Dr.LeiriaViegas,acerca da cons-
tituição da Fundação Portuguesa das Comunicações, a resposta à
pergunta:
Que tipo de peças compõem o espólio?
«
O espólio tem a ver com a actividade de cada Instituidor, portanto
vai desdeoprimeiro telefoneatéaosmais recentes,passandopelacolec-
ção damala-postaaté às novas tecnologias dos Correios.Temos ainda
colecções de selos que incluemdesde o primeiro selo português data-
dode 1853,atéàactualidade.Dispomos tambémdeumespóliode selos
domundo inteiroedas ex-colónias portuguesas,compostono seu con-
junto por milhares de peças. Temos ainda uma significativa colecção
dearte,associadaàelaboraçãodos selos,vistoqueos artistas que tra-
balhavampara os Correios desenhavamos selos cujos originais estão
na Fundação.»
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É neste contexto que o Museu das Comunicações da Fundação Por-
tuguesa das Comunicações através do seu riquíssimo espólio se pode
considerar em Portugal ummuseu com uma singularidade específica
abrangente: O Universo das Comunicações;
Mas, precisamente porque se trata de ummuseu de empresa, oriun-
do de empresas e/ou instituições públicas das comunicações, tem
uma tripla responsabilidade:
Primeiro, porque pode cultivar o existir em toda amplitude do acto de
comunicar,enquantoacção inerente ao desenvolvimento da condição
da presença humana no planeta, ou seja, o homem, como ser comu-
nicante por natureza está impossibilitado de deixar de comunicar, o
que faz doMuseu das Comunicações ummuseuhumanista das comu-
nicações das pessoas e para todas as pessoas,nomeadamente e pri-
vilegiadamente, com mais valia exponencial, para as/os (a)gentes
das comunicações – os colaboradores das Instituições Fundadoras.
Segundo,porque pode explorar a evolução do seu sector de activida-
de,das técnicas e tecnologias da comunicação e das (tele)comunica-
ções e respectivos transportes,por exemplo damala-posta ao correio
electrónico,de investigar os fundamentos das suas cientificidades,de
experimentar e descobrir as suas causas e implicações sociais, eco-
nómicas e culturais,o que faz doMuseu das Comunicações ummuseu
sociocultural de ciência e tecnologia.
Terceiro porque pode estudar a arte de fazer a sua arte de comunicar,
tantopelopercursohistóricodas comunicações/telecomunicações,como
pelo fazer saber comunicar arte,por exemploatravésdos selos;ouainda,
da possibilidade de que hoje se pode comunicar emqualquer lugar, a
qualquer momento, o que quer que seja, da voz à palavra escrita, da
fotografia à vídeo-arte.
Destemodo,oMuseu das Comunicações pode ser considerado e reco-
nhecido, para além de museu de empresa, como museu de ciência e
tecnologia, mas também, como um museu humanista da arte das
comunicações, com os mais diversificados meios, produtos e serviços
ao longo do tempo.
Por outro lado,oMuseu das Comunicações é ummuseu contemporâ-
neo de plena actualidade e modernismo, em constante evolução sis-
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