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Como consequência, podemos
explorar as sensações humanas
criando espaços sensoriais, por
exemplo no projecto comunicar
com ausência de som e luz explo-
ramosoutros sentidos comoochei-
ro, o tacto e, simultaneamente,
sensibilizamos para a importân-
cia da acessibilidade para todas
as pessoas com necessidades
especiais.
Se aceitarmos que as memórias
imateriais, (in)tangíveis, muitas
vezes se podem materializar
enquanto contributo tangível para o envolvimento das vivências pes-
soaisnocolectivo identitáriodessas empresas,entãoo (re)conhecimento
do valor da empresa passa pelo desenvolvimento do autoconheci-
mento e consequentemente amelhoria da auto-estima dos seus ex-
trabalhadores e actuais colaboradores,
Destemodo,consideramos fundamental (re)construir opatrimónio cul-
tural da instituição, tanto material como imaterial, enquanto contri-
buto para o progresso económico, porque a origem e passado das
empresas sectoriais afins no seu tecido socioeconómicomuitas vezes
se revela não só de uma formamaterial tangível,mas também intan-
gível, porque de influência transformativa.
Ummuseudeempresapode ser umelemento fundamental paraa ima-
gemda empresa,um instrumento central de cultura demodernidade
e inovaçãoempresarial,ummeio imprescindível na (in)formaçãoda iden-
tidade da empresa, no fortalecimento de seu perfil organizacional e
na gestão de mercados emergentes, pela divulgação promocional,
comunicação
marketing
e/ou con-
solidação da imagem de marca;
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Uma reconhecida imagem de
marca empresarial sociocultural,
educativa,científico-tecnológicae
de pujança, porque mecenas cul-
turais, com investimento na sua
própria história – futuro empresa-
rial, no conceito de modernidade
comunicacional e de
marketing
organizacional contemporâneo.
Ummuseu de empresa que comu-
nica a própria empresa…
Neste sentido, os museus de
empresa, emvez de se arraigarem,orgulhosamente sós,a umpassa-
do, que até muitas vezes foi glorioso, (mas outras não tanto), notá-
vel por vezes, também à custa de muitos sacrifícios e de excelentes
(
des)empenhos dos seus trabalhadores e colaboradores anónimos,
podeme devem (trans)formar os seusmuseus empresariais emmemo-
riais,enquanto tempoeespaçodematérias emateriais autênticos tan-
gíveis e/ou intangíveis.
Assim, as colecções ganham vida face aos relatos das memórias
das pessoas: ora tangíveis pelo seu acervo exposto; ora intangíveis
enquanto espólio de pertenças individuais,ou enquanto experiências
comuns vivenciadas que se constituempatrimónio colectivo imaterial.
Os depoimentos individuais das pessoas,que fazempartede cadapeça
desse património,agora colectivo porque partilhado, porque comele
trabalharam, viveram, conviveram, se associaram, continuama fazer
parte integrante de um todo patrimonial da empresa, enquanto
testemunhos materiais e/ou imateriais – acervos museológicos.