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I República – Liberdade em ação
Os Serviços de Correios e Telecomunicações tiveram
de procurar respostas mais eficazes para melhor sa-
tisfazer as necessidades da população.
Os Correios e Telégrafos, que constituíam uma dire-
ção-geral do Ministério das Obras Públicas, Comér-
cio e Indústria, passam, em 1911, a administração-ge-
ral, com autonomia administrativa e financeira, o que
lhes permite, ainda que sob a tutela do ministro, uma
maior liberdade de ação. Esta nova situação levou à
ampliação e criação de novos serviços e conduziu a
alterações no fardamento dos carteiros.
O fardamento de 1912, em tecido de lã preta, com
casaco de corte direito e comprido, até dez centíme-
tros acima do joelho, e com gola virada e avivada de
vermelho, abotoava com seis botões.
O colete e calça eram da mesma fazenda, e o boné,
idêntico ao modelo anterior (da Monarquia), apenas
diferia por ser contornado com um francalete preto
sobre tira de lã vermelha que terminava com dois bo-
tões e com a letra «C».
Nos recetáculos de embutir nas paredes, importados
de Londres, também as armas reais são substituídas
pelo símbolo regimental da República.
Em alguns destes obje-
tos são visíveis as mar-
cas de raspagem e de
sobreposição de simbo-
logias.
Fardamentos
As alterações que a implantação da República provo-
cou na sociedade portuguesa repercutiram-se, tam-
bém, no setor das comunicações.
O alargamento contínuo do tráfego postal e telegrá-
fico não permitiu a sua subordinação às apertadas
regras burocrátricas, estabelecidas por qualquer dire-
ção de serviços públicos.