Page 57 - Comunicar na Republica

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I República – Liberdade em ação
Os modelos, quer dos marcos hexagonais,
quer dos de cimalha circular, quer os das cai-
xas de embutir, importados da Inglaterra e
mais tarde replicados em Portugal, são mode-
los
standard
, criados no reinado de Jorge V e
construídos na Andrew Handyside and Com-
pany of Derby.
Neles, e à medida que a empresa os ia criando,
foram afixados os diferentes logótipos. Para
além da diversidade de modelos, que coexis-
tiam por todo o País, surgiram também, nal-
guns pontos da cidade de Lisboa, considera-
dos à época como zonas «nobres», uns marcos
com uma cinta branca, logo abaixo da cimalha
(topo ou cabeça). Eram os denominados «mar-
cos de colarinho».
A correspondência colocada no marco do cor-
reio é recolhida, enviada para o centro de tra-
tamento e daí encaminhada para o respetivo
destino.
Marcos e recetáculos
Nos recetáculos postais são, igualmente,
substituídos os símbolos com as armas reais
pelo novo símbolo adotado pela República.
Nos marcos postais, que continuam a fazer
parte da paisagem urbana do País, também
as armas reais deram lugar ao símbolo regi-
mental da República.
O marco do correio hexagonal é o modelo
Penfold
,
pillar box
de 1872. Este modelo chega
a Portugal e é, inicialmente, encarado com
alguma desconfiança.
Estes recetáculos encomendados na Ingla-
terra, onde eram denominados
Pillar Box
,
passam, a partir de 1885, a integrar a nossa
paisagem urbana, vindo mesmo a servir de
mote a canções, títulos de programas radio-
fónicos e revistas da época.
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