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Ditadura Militar e Estado Novo – Liberdade adiada
por semi-automáticas) que, embora manuais, já apre-
sentavam algum automatismo, bastando ao utilizador
chamador simplesmente levantar o microfone/aus-
cultador e uma telefonista na central detetava ime-
diatamente a chamada.
Estabelecido o encaminhamento do chamador ao
chamado, através da telefonista, no final da chama-
da o simples pousar do microfone/auscultador inter-
rompia o circuito e a telefonista era automaticamente
avisada para preenchimento do verbete de contagem
de tempo.
Com a automatização das centrais Strowger (nome
do inventor americano) deram-se novos e importan-
tes passos tecnológicos. O chamador passou a ter a
possibilidade de marcar os números e deixou de de-
pender da(s) telefonista(s) quer para o estabelecimen-
to automático das conversações, quer para a conta-
gem dos períodos de tempo.
Central analógica tipo Strowger
Também chamada na gíria técnica de «sobe e roda»
porque os seletores obedecem essencialmente a dois
movimentos: subida e rodagem do mecanismo sele-
tor de números.
Foi o primeiro sistema de centrais automáticas entre
assinantes, em Portugal, tendo-se mantido ao ser-
viço, em alguns casos, até à digitalização das redes
telefónicas.
Automatização telefónica.
Centrais de comutação
Centrais automáticas analógicas
A automatização das redes telefónicas teve início em
30 de agosto de 1930 com a inauguração da Central
Automática da Trindade, junto ao Chiado, Lisboa.
À inauguração esteve presente como principal figura
convidada o presidente da República, general Óscar
Carmona.
O sistema automático veio possibilitar a substituição
das estações de bateria central (também conhecidas
Central da Trindade, ensaios e testes de comutação
automática, anos 30.
Testes no bastidores do sistema automático, anos 30.
Edifício da Anacom onde funcionou a antiga Direção dos
Serviços Radioelétricos dos CTT.