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por georeferenciaçãoemonitorizaçãoactivapermitemvisualizar estes
efeitos
on-time
.
Neste sentido, as organizações e os seus responsáveis deverão ter a
coragem e a capacidade de criar inteligência nestes modelos, para
prever, antecipar e fundamentar as decisões no momento certo,
coordenar recursos de forma mais eficaz e assegurar prosperidade
e crescente sustentabilidade. Se assim for, o balanço só poderá
ser positivo. Em bom rigor, os benefícios quer do ponto de vista
económico quer social são inequívocos para os governos, cidades e
cidadãos. A isto chamamos a «arte do possível», imaginar questões
que há cinco ou dez anos não nos atreveríamos a fazer. Hoje são
uma realidade.
O sistema-de-sistemas
Já aqui o mencionámos, grande parte dos sistemas que sustentam
as nossas vidas – da nossa saúde, alimentação, educação, só para
enumerar alguns – antes versões isoladas e agora intrinsecamente
dependentes uns dos outros. Não devemos subestimar no entanto
que é tarefa árdua conseguir entender as complexas, e muitas vezes
disruptivas, ligações entre eles.
A ideiade sistema-de-sistemas não é necessariamente nova. Já existe
há pelo menos três décadas, sendo usada principalmente por ana-
listas funcionais, designers de usabilidade e estrategas militares.
No entanto, até há bem pouco tempo, a maioria das organizações
não tinhaa tecnologiadisponível paraapôr emprática. Actualmente,
com sensores sofisticados, conectividade sem fios, processamento
computacional massivo, redes de nova geração, analíticaavançada e
conexões em tempo real, a tecnologia permitemonitorizar os proces-
sos com credibilidade e apoiar na tomada de decisões de uma forma
mais eficiente e fiável.
Esteprogresso tecnológicoajuda-nos agerir eaalavancar odesempe-
nho damaioria dos sistemas, mas não é suficiente. É absolutamente
necessário desenhar uma nova abordagemde liderança e de respon-
sabilidade que passe por fortalecer uma cultura de base analítica e
de colaboração.
Responder à explosão da informação e à sua complexidade, injectar
tecnologias que fazem previsão e análise para criar infra-estruturas
e sistemas de comunicação mais inteligentes, colocam no centro
alguns dos desafios com que temos vindo a lidar, mas agora exa-
cerbados e elevados a uma nova escala, sendo esta, sem dúvida, a
grande jornada de transformação para a geração actual. A grande
problemática será perceber como poderá esta geração ter a capa-
cidade de lidar positivamente com estes factores. Mais, o objectivo
é afastarmo-nos de uma abordagem mais tradicional baseada na
dualidade«pressentir/responder»paraumcomportamentobaseado
em factos e informação fiável, no tempo certo e no local certo. Para
tal, há que ter a certeza que estamos a recolher os dados correctos
e retirar o conhecimento que faz a diferença, para assegurar que os
planos e as acções a implementar são de confiança e não resultado
de meras casualidades.
De certo modo, a aplicabilidade de um sistema-de-sistemas aos
problemas abrangentes da eficiência do mundo que conhecemos,
segundo o IBM Institute for Business Value, passa por determinar os
sistemasmais relevantes e as suas interligações; identificar e quanti-
ficar ineficiências, analisar a raiz das causas e formas paraultrapassar
os problemas, determinar os benefícios da mudança e desenvolver
uma abordagem que promova a mudança.
Concluemas estimativasmais recentes que ineficiências naeducação,
nos edifícios, transportes e electricidade poderiam ser reduzidas em
maisde25%, enquantonosistemadesaúdepoderiamalcançar os 35%.