Página 64 - Códice nº7, ano 2010

64
pela Unidade de Projecto da Madragoa, sempre com a animação de
elementos da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho e de moradores
do bairro.
O Museu das Comunicações, para além de orientar algumas destas
visitas, assumiu a agenda de marcações e funcionou como local de
partida, independentemente do parceiro responsável.
Aí, antes da partida à descoberta do bairro, os participantes inscritos
tomavam contacto com o projecto, através do documentário que se
projectava em cada dia de visita.
ConceiçãoNorberto, colaboradoradoMuseudas Comunicações neste
projecto, realizou várias visitas orientadas ao bairro. Opercurso variou
sempre, de acordo com o princípio estabelecido, com a finalidade de
permitir ao visitante repetir a experiência e encontrar sempre alguma
novidade.
Estas visitas, orientadas por diferentes pessoas, permitiram valorizar
a programação, atendendo à formação e experiência diversa, poten-
ciando uma diversidade de abordagens e itinerários e a interacção
personalizada e sempre diferente com o público.
As visitas encerraram sempre com ummimo – pão-de-ló e água fresca
oferecido pela Junta de Freguesia, proporcionando sempre bons
momentos de camaradagem entre os visitantes e os moradores do
bairro.
As performances de rua, através da recriação de personagens emble-
máticas da Madragoa – pescador, aguadeiro, Gago Coutinho, entre
outros – por parte de Celso Antão (Junta de Freguesia) ou de outro
parceiro (Museu da Água da EPAL) – encorajaramos habitantes a par-
ticipar, soltando os típicos pregões, sobretudo, as antigas «varinas»
D. Ana Rosa Martins, D. Maria Celeste Santos, D. Laurinda Fidalgo,
D. Rosa Reinaldo, D. Manuela Abreu, D. Carla Peres, D. Maria Odete
Xabregas, D. Maria Alice Rebelo, D. Preciosa Pinho e D. Maria do Nas-
cimento Salgado, ou a cantar o fado, D. Julieta Reis.
A exposição de fotografia «Um Percurso, Quatro Olhares»
No âmbito da programação de 2009, foi realizada uma exposição de
fotografias cujo tema foi a visita ao bairro, no dia emque se comemo-
rou o Dia Internacional dos Museus e inaugurou o projecto.
Esta exposição teve a participação de Cláudia Freire (IMC/RPM), José
Manuel Lopes (morador do bairro), Margarida Filipe (Museu da Água
da EPAL) e Pedro Inácio (Museu da Água da EPAL) quatro fotógrafos,
entusiastas daMadragoa e das suas gentes, que fixaram, através da
sua câmara, as imagens cuja intenção foi sempre partilhar.
O bairro, as ruas, as fachadas, os monumentos, as pessoas, o comér-
cio, as crianças, osensaiosdamarchapopular, foramalgunsdos temas
ilustrados pelo olhar dos vários fotógrafos.
Na sessão inaugural, em Setembro desse ano, os fotógrafos gene-
rosamente permitiram a oferta das fotografias aos moradores, con-
tribuindo para animar o encontro no Museu, reviver a experiência
daquele dia de Primavera e cimentar as relações de afecto e partilha
que presidem constantemente às visitas ao Bairro.
O lançamento da publicação Do Museu ao Bairro, histórias de
viajantes
A Fundação Portuguesa das Comunicações aproveitou as comemora-
ções das Jornadas Europeias doPatrimónio, promovidas peloConselho
da Europa e pela União Europeia, em Setembro de 2010, dedicadas
ao tema «Património: Um Mapa da História», para lançar a edição
sobre o projecto desenvolvido peloMuseu das Comunicações, no ano
de 2009, emparceria comdiversas instituições actuantes no território
em que o museu se insere.
O objectivo destas jornadas, coordenadas emPortugal pelo IGESPAR,
foi sensibilizar a população para a importância da protecção e da
valorização do património, através do reforço da relação entre os
sítios patrimoniais eos acontecimentos históricos, paraaaproximação
Chafariz da Esperança, 2009.
Marcha popular do bairro da Madragoa, 2009.