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pela Unidade de Projecto da Madragoa, sempre com a animação de
elementos da Junta de Freguesia de Santos-o-Velho e de moradores
do bairro.
O Museu das Comunicações, para além de orientar algumas destas
visitas, assumiu a agenda de marcações e funcionou como local de
partida, independentemente do parceiro responsável.
Aí, antes da partida à descoberta do bairro, os participantes inscritos
tomavam contacto com o projecto, através do documentário que se
projectava em cada dia de visita.
ConceiçãoNorberto, colaboradoradoMuseudas Comunicações neste
projecto, realizou várias visitas orientadas ao bairro. Opercurso variou
sempre, de acordo com o princípio estabelecido, com a finalidade de
permitir ao visitante repetir a experiência e encontrar sempre alguma
novidade.
Estas visitas, orientadas por diferentes pessoas, permitiram valorizar
a programação, atendendo à formação e experiência diversa, poten-
ciando uma diversidade de abordagens e itinerários e a interacção
personalizada e sempre diferente com o público.
As visitas encerraram sempre com ummimo – pão-de-ló e água fresca
–
oferecido pela Junta de Freguesia, proporcionando sempre bons
momentos de camaradagem entre os visitantes e os moradores do
bairro.
As performances de rua, através da recriação de personagens emble-
máticas da Madragoa – pescador, aguadeiro, Gago Coutinho, entre
outros – por parte de Celso Antão (Junta de Freguesia) ou de outro
parceiro (Museu da Água da EPAL) – encorajaramos habitantes a par-
ticipar, soltando os típicos pregões, sobretudo, as antigas «varinas»
–
D. Ana Rosa Martins, D. Maria Celeste Santos, D. Laurinda Fidalgo,
D. Rosa Reinaldo, D. Manuela Abreu, D. Carla Peres, D. Maria Odete
Xabregas, D. Maria Alice Rebelo, D. Preciosa Pinho e D. Maria do Nas-
cimento Salgado, ou a cantar o fado, D. Julieta Reis.
A exposição de fotografia «Um Percurso, Quatro Olhares»
No âmbito da programação de 2009, foi realizada uma exposição de
fotografias cujo tema foi a visita ao bairro, no dia emque se comemo-
rou o Dia Internacional dos Museus e inaugurou o projecto.
Esta exposição teve a participação de Cláudia Freire (IMC/RPM), José
Manuel Lopes (morador do bairro), Margarida Filipe (Museu da Água
da EPAL) e Pedro Inácio (Museu da Água da EPAL) quatro fotógrafos,
entusiastas daMadragoa e das suas gentes, que fixaram, através da
sua câmara, as imagens cuja intenção foi sempre partilhar.
O bairro, as ruas, as fachadas, os monumentos, as pessoas, o comér-
cio, as crianças, osensaiosdamarchapopular, foramalgunsdos temas
ilustrados pelo olhar dos vários fotógrafos.
Na sessão inaugural, em Setembro desse ano, os fotógrafos gene-
rosamente permitiram a oferta das fotografias aos moradores, con-
tribuindo para animar o encontro no Museu, reviver a experiência
daquele dia de Primavera e cimentar as relações de afecto e partilha
que presidem constantemente às visitas ao Bairro.
O lançamento da publicação Do Museu ao Bairro, histórias de
viajantes
A Fundação Portuguesa das Comunicações aproveitou as comemora-
ções das Jornadas Europeias doPatrimónio, promovidas peloConselho
da Europa e pela União Europeia, em Setembro de 2010, dedicadas
ao tema «Património: Um Mapa da História», para lançar a edição
sobre o projecto desenvolvido peloMuseu das Comunicações, no ano
de 2009, emparceria comdiversas instituições actuantes no território
em que o museu se insere.
O objectivo destas jornadas, coordenadas emPortugal pelo IGESPAR,
foi sensibilizar a população para a importância da protecção e da
valorização do património, através do reforço da relação entre os
sítios patrimoniais eos acontecimentos históricos, paraaaproximação
Chafariz da Esperança, 2009.
Marcha popular do bairro da Madragoa, 2009.