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sume serem na quase totalidade de
telecomunicações.
A esse tempo,aDirecção-Geral dos Cor-
reios estava instaladanoedifíciodaCal-
çada do Combro, no Palácio dos Mar-
queses de Olhão, local onde, de 1799 a
1880,
funcionouoCorreioGeral.Foi aqui,
com o Dr. Guilhermino Augusto de Bar-
ros, então primeiro director-geral dos
CorreiosTelégrafos e Faróis (1877-1893),
que nasceu o «Museo do Correio».
O Relatório Postal/Anno Económico de
1877-1878
refere: «Dotou-se a biblio-
theca do correio com 400 volumes» e
«
Dotou-seomuseupostal com30objec-
tos…». Os trinta objectos, o embrião
do Museu, foram arrumados numa das
estantes existentes, que foi brasona-
da com a designação «Museo do Cor-
reio».
Tinha nascido oMuseu dos CTT.Este foi,
sem dúvida, o seu embrião, o seu pri-
meiro acervo histórico-documental. Já
era um ente, mas sem casa. Só com andaimes na casa por construir,
teve de lutar para crescer. Qual criança enjeitada, andou de mão em
mão.
A unificação dos Serviços do Correio eTelégrafo impôs a transferência
deste acervo histórico documental, em 1880, para o Palácio dos Con-
des deValadares,juntodoConventodoCarmo.Daí que,de 1880a 1887,
o Museu ficasse a cargo da 4
a
Repartição ( Telégrafos) da nova Direc-
ção-Geral. Em 1887, a Direcção-Geral
mudou-se paraoTerreirodo Paço eaí se
manteve até 1912 .
A terceira mudança ocorreu em 1919.
O Museu, criança ainda, é deslocado
para o Convento das Trinas, ficando a
cargo da «Verificação Técnica de Ma-
terial». Iniciam-se procedimentos que
privilegiam a organização e a conser-
vação dos aparelhos, instrumentos e
acessórios,emusoe foradeuso,empre-
gados nos serviços de correios, telégra-
fos e telefones. Porém, quando alguns
serviços saíramdo Convento dasTrinas,
deu-seaquartamudança.OMuseu foi,
então,deslocado para a RuaMousinho
da Silveira, onde ficou abandonado.
Muitoemborana cerimóniadapossedo
primeiro conservador o correio-mor refe-
risse «o que está na casa da RuaMou-
sinho da Silveira, foi cuidado e ordena-
do e articulado, há anos», só com a
intervenção do inspector Ataíde se
começou a ordenar o material do Museu.
Noanode 1934 começaa reorganizaçãodoMuseu.Godofredo Ferreira,
investigador e cronistadahistóriadosCTT,iniciaaprimeira recolhametó-
dica domaterial para oMuseu e começa a sua inventariação.Todavia,
GodofredoFerreiranãose ficapor aí esugereaoentãocorreio-mor Couto
dos Santos a viabilidadedoMuseu.A sua sugestão foi de tal modoaco-
lhida,comumentusiasmo tal,queGodofredoFerreira foi nomeadochefe
Palácio dos Condes de Valadares, no Largo do Carmo, em Lisboa, acervo iconográfico da FPC.
Godofredo Ferreira, acervo iconográfico da FPC.