70
força do decreto-lei n.
o
49368,
a Empresa dos
Correios e Telecomuni-
cações de Portugal era
uma empresa pública.
O organigrama apre-
sentado por Gonçalves
Vianana sua conferên-
cia considera os vários
«
sectores»quedariam
corpo ao Museu, e faz
uma referênciaaarqui-
vo, reservas e depósi-
tos.Se dermos atenção
às declarações produ-
zidas por várias entida-
des que, ao tempo,
viviam na órbita dos
CTT, o acervo desse
«
sonhado»Museu dos CTT esteve acomodado emedifícios ou zonas
de edifícios dos Correios, a maior parte do tempo separado, só vindo
a encontrar umespaço comumestável em 1962,vindo a abrir ao públi-
co em 1967,conforme se lê numopúsculo semdata de publicaçãomas
editado pelo Serviço de Edição de Publicações,como código CDI 1975-
18-1
MUSEU, intitulado «OMuseu dos CTT - Pequena história desde a
fundação até à actualidade».
Essas instalações situavam-se na Rua D. Estefânia e eram consti-
tuídas por um palacete com uma cave, um sótão e três andares, dois
dos quais em galerias que originalmente se destinaram a expor
colecções de miniaturas de barcos pertencentes ao proprietário e
Na sua palestra, em
1949,
Gonçalves Viana
cita o Museu Postal
Sueco como sendo
exclusivamente um
museu postal.
Dadaa riquezaenorme
em termos de objectos
que o Museu dos CTT
viria a ter, os denomi-
nados sectores postal,
de filatelia e de teleco-
municações (é lícita
esta denominação,
dado existir, ao tempo
da edição do Regula-
mento do Museu cita-
do,telégrafo,telefone,
rádio e até fax – na
figura do fac–simile que era como que umseu ancestral),constituíam
na prática museus dentro do Museu, exigindo a existência de con-
servadores.
E a actividade cultural doMuseu impunha igualmente a existência de
um responsável devidamente habilitado,o que só seria possível sendo
ele umprofissional demuseu, um conservador. Entretanto, o Regula-
mento diz apenas que «(...) o correio-mor designará o substituto do
CCM; (...)».
É bom que se entenda que o Museu dos CTT não era um museu de
empresa,mas simummuseu estatal, tutelado por umMinistério,per-
tencente a um serviço público; mesmo quando surge em 1970, por