Página 37 - Códice nº5, ano 2008

Museu está disponível para, em conjunto com os docentes e as esco-
las, interagir na concepção e partilha de ideias, que produzamactivi-
dades ajustadas aos programas e aos alunos.
Deste modo, consideramos que ontem, tal como hoje, e na prospec-
ção de umfuturomelhor,pelo acesso comsucesso à construção social
do conhecimentopertinente,deusabilidadeeducativaao longodavida,
o essencial, na interacção escola/museu – público-alvo escolar, está
fundamentado, alicerçado e consolidado nas e pelas preparações
prévias das visitas deestudoque sepretendemmotivadoras,integradas
e integradoras de transdisciplinaridades multiculturais conducentes
aaprendizagens significativas e cooperativas emRAC – rede de apren-
dizagem colaborativa.
Ou seja,para preparar as actividades didáctico-pedagógicas,são rea-
lizadas sessões prévias,através das quais se pretende estreitar a rela-
ção entre o professor e o museu, ir ao encontro do projecto formati-
vo das escolas, do programa anual de actividades educativas e de
visitas de estudo dos diferentes estabelecimentos de ensino.
No entanto, no nosso entender, agora também, mais do que nunca,
no planeamento e programação da intervenção pedagógica e/ou
interacção (in)formativa do serviço educativo, devemos questionar
para reflectir.
Qual o papel sociocultural educativo dos
museus de hoje?
Neste sentido, consideramos necessário desenvolver uma atitude de
reflexão constante; por exemplo, na conjuntura actual da educação
para, com e pela ciência, quando falamos de pedagogia/didáctica
das ciências – acção educativa num museu de ciência e tecnologia –
MCT, fala-se de como, com quem e de quê:
> como profissionais sistematicamente reflexivos?
> como responsáveis imersos e/ou emersos num/dum processo
formativo?
> como (re)conhecedores do conhecimento profissional docente
nadidácticada construçãode saberes autónomos relacionados?
> com investigadores e/ouespecialistas naacçãode conceber/rea-
lizar actividades lúdico-participativas de forma rigorosa, crítica
e criativa?
> comprofissionais experimentados noacto comunicacional depra-
ticar acções com alegria, encanto, harmonia, prazer...?
> com instituições motivadas para o (des)envolvimento de parce-
rias e pessoas capazes de partilhar projectos?
>de comodesenvolver eenvolver pessoas comcapacidades depro-
mover cumplicidades em«crescimentos»?
> de como proporcionar alternativas e complementaridades arti-
culatórias apráticas educativas formais,não formais e/ou infor-
mais?
> de possibilitar acessos com sucesso a conhecimentos pertinen-
tes,numprocessodeaprendizagemcolaborativa,capazes depro-
vocar mudanças reais e enfrentar desafios?
> que tipo de didácticas exploramos?
> que metodologia de trabalho de projecto?
> que tipo de (in)formação prestamos e que projectos desenvol-
vemos?
Quando falamos de intervenção pedagógica fala-se de:
> sensibilizar, incluir, mobilizar
> informar, formar, compartilhar
> literacia, diversidade, multiculturalidade
> interacção, inter-relação, complementaridade
> investigação-acção participada, avaliação, reformulação
> comunicabilidade, usabilidade, educabilidade, sustentabilidade
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Oficinas do conhecimento. Escola do futuro do Museu das Comunicações.