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de partilha de vídeos, o
YouTube
.
Este portal também já anunciou
que vai integrar no seu serviço de
e-mail
,
que conta com mais de
250
milhões de utilizadores, recursos de mensagem instantânea.
Assim, o utilizador que estiver a utilizar a ferramenta de
e-mail
poderá ver os seus contactos
online
e poderá iniciar uma sessão
de
chat
no correio electrónico. O Google já oferece serviço similar,
integrando o
Gmail e
o
Google Talk
.
Em Setembro, o líder em blo-
gues nos Estados Unidos era o
Blogger
,
do Google, com 21 milhões
de visitantes, seguido da
comScore Networks
.
Logo após vinham
o
MySpace
,
da News Corp., com 16 milhões de visitantes, e o
Win-
dows Live Spaces
,
da Microsoft, com 9,8 milhões. O Yahoo só apa-
recia em sexto, com 5,7 milhões de visitantes.
Mas porque investem as grandes empresas dos média nestes ser-
viços? Porque, disse Murdoch em 2006, num discurso em Londres,
«
esta é uma geração que pode ser descrita como a geração
My-
Space
,
que fala consigo própria num mundo sem fronteiras».
É que as empresas de comunicação social e de conteúdos não
querem perder contacto com essa geração, para quem a Internet
é um meio mais importante de comunicação que os meios tradi-
cionais. E, parece que desta vez, e ao contrário do tempo da
bolha, não se está a vender apenas um ideia ou uma expec-
tativa.
Do lado dos fabricantes, Microsoft, Intel e Nokia, só para citar
alguns exemplos, também já anunciaram a sua «adesão» àWeb
2.0.
A Microsoft está a desenvolver serviços semelhantes, através
do seu portal MSN; a Viacom criou uma divisão específica para ser-
viços de «web social», e poderá comprar o
Facebook
(
comunida-
de
on-line
virada para escolas nos EUA) ou o
Friendster
(
um dos pri-
meiros «clubes de amigos»
on-line
,
cujo valor de mercado esta-
rá acima dos 40 milhões de euros).
Wikis, Weblogs
e
RSS
:
três formas
de comunicação da
Web 2.0
A nova fase da Internet –Web 2.0 – torna inevitável o achatamento
da pirâmide de controlo e comando nas organizações.Tornando-se a
descentralização uma consequência desta evolução provocada pela
tecnologia,capacitar os colaboradores para umamelhor colaboração,
promovendo a eficiência, é uma condição para o sucesso de um pro-
jecto baseado naWeb 2.0.
Mas as organizações que tenham como objectivo utilizar a Internet
de forma estratégica para criaremvalor corporativo,não vão precisar
apenas de fazer mudanças culturais algo radicais.Uma das condições
do sucesso dessa estratégia é serem capazes de dominar o emer-
gente vocabulário de expressões ou acrónimos do mundo da Web
2.0.
Algumas das expressões que corporizam a Web 2.0 são os
wikis
(
um
software
que permite a qualquer pessoa fazer a actualização e
editar páginas instantaneamente ede formademocrática);os
weblogs
(
mais conhecidos como blogues, e já muito conhecidos) e os mais
recentes
RSS (Really Simples Syndication)
,
ou sistemas de encami-
nhamento automático, que distribuem conteúdo da Internet.
Os
wikis
,
os blogues e os
RSS
são ferramentas relativamente simples
que vão ter um impacto enorme na forma como as pessoas — e as
organizações — comunicam e desenvolvem o seu negócio e sua acti-
vidade.
Mas estará a Internet a mudar? Como é que as companhias podem
perceber os efeitos tecnológicos destasmudanças? E que adaptações
culturais devem fazer para obter o valor que estas novas ferramen-
tas podem trazer? O que há realmente de novo?
Janice Frase, CEO da Adaptive Path, uma firma de consultoria sobre
a experiência do utilizador, autora do ensaio
It's aWhole New Inter-
net
,
encontra duas novidades na Internet de hoje. Por um lado, um