No âmbito da 13ª Edição do Concurso Sardinhas organizado pela EGEAC para a imagem das Festas de Lisboa 2023, a Fundação Portuguesa das Comunicações, tem o prazer de divulgar nas suas instalações uma das peças-sardinha que foi a concurso, a Sardinha em Rede Digital, criada pelo artista plástico Carlos Mendes.
Um conjunto de peças retiradas de equipamentos domésticos e digitais em desuso e avariados compõem a matéria prima da peça artística. Componentes de placas gráficas Motherboard, circuitos integrados, chips de computador, parafusos e outros elementos metálicos interligam-se e encaixam-se delicadamente no corpo alongado e subcilíndrico da sardinha 4×4.
O tradicional e o virtual estão em rede e dependem um do outro, no imaginário e projeção de cenários presentes e futuros. Não há limites. O imaginário é livre para navegar nos grandes oceanos, por vezes perigosos e imprevistos.
Assim nasceu o propósito da Sardinha em Rede Digital – 24h de patrulhamento, prevenção e proteção dos oceanos, zonas costeiras e praias. A inclusão de rodas Ywashi permite-lhe grandes velocidades no mar e em terra. Os seus sensores protegidos por escamas szardinía detetam em tempo real as ameaças ambientais, comunicando dados e mitigando desastres no fundo dos oceanos e mares.
Sobre Carlos Mendes, @carlosmendesarte
Escultor, pintor e fotógrafo.
Desde que nasceu, há 52 anos, vive em bairros tipicamente alfacinhas e carregados de tradição, fontes inspiradoras para a sua arte. Metamorfose entre o real e o surreal, atento ao mundo que o rodeia, vê no desperdício a descoberta de novas vidas, objetos de arte idealizados reciclando e reinterpretando o acumular asfixiante do que é lixo. Molda sonhos ao juntar objetos sem rumo.
Desde cedo teve uma ligação muito próxima com o escultor e seu mestre Martins Correia. Com ele despertou para o mundo das artes, e nunca mais parou. A produção no seu atelier do Chiado é intensa. Sobre o mestre recorda “pedia-lhe frequentemente dicas que me enriqueceram grandemente na capacidade de criar sempre com um espírito aberto ao questionamento e à autocrítica”.
Os seus trabalhos têm um engenho autêntico com construções articuladas por materiais diversos, que ao se encontrarem, adquirem um protagonismo luminoso e cromático. O seu propósito implícito nas obras é confrontar e contagiar o observador comum, dando-se deste modo a conhecer ao público.
Entre 1 e 30 de junho venha conhecer a Sardinha em Rede Digital numa das montras da Fundação.