A 7 de maio de 1801 foi publicada a primeira regulação que permitiu organizar os correios como um verdadeiro serviço público. Lisboa foi dividida em 17 distritos postais e as pessoas tinham de pagar para a sua morada estar inscrita nos correios.
Estes foram os primórdios dos correios com distribuição de carta porta a porta, que teve a sua aplicação prática somente em 1821. Até essa data as pessoas tinham de se deslocar ao Correio Geral para levantar as suas cartas, transportadas pela então Mala-Posta.
Este sistema gerava muitas vezes conflitos. As pessoas acumulavam-se e a tarefa de entrega da correspondência tornava-se morosa, pois era necessário verificar se a pessoa que levantava a carta estava inscrita nas listagens.
Por essa e outras razões, a possibilidade de entregar as cartas no domiciliário foi uma realidade muito importante e que veio facilitar em muito a vida das pessoas e dos Correios.
Os “Distritos Postaes” eram divididos de acordo com um roteiro previamente elaborado, que incluía sítios, ruas, travessas e repartições públicas. Era então nomeado um moço de confiança, o chamado “Portador”, que ficaria encarregado da entrega domiciliária na sua zona postal. As pessoas interessadas neste novo serviço teriam de pagar uma taxa complementar e deviam proceder à sua inscrição no Correio Geral, declarando o nome, rua e “Districto Postal”, passando a fazer parte do “Assentamento de Assignantes”.
O Diploma permitia também uma nova forma de confiar a correspondência aos Correios, através da colocação de caixas destinadas à sua recolha, uma forma mais prática e célere para os habitantes entregarem as suas cartas.
Este fim de semana, passeie pela baixa de Lisboa e descubra algumas placas dos antigos distritos postais que ainda se encontram na via pública. Em seguida sugerimos uma visita à exposição “ Vencer a Distância”.