Conhecido como o melhor experimentalista da história da ciência, Michael Faraday, físico e químico inglês morreu neste dia, a 25 de agosto de 1867.
Faraday contribuiu para os estudos do eletromagnetismo e eletroquímica, destacando-se pela teorização dos princípios básicos da indução eletromagnética, diamagnetismo e eletrólise, essenciais para os trabalhos de engenharia de Edison, Siemens, Tesla e Westinghouse que permitiram a eletrificação das sociedades industrializadas.
Apesar da curta educação formal que recebeu, Michael Faraday foi um grande autodidata na pesquisa sobre o campo magnético em torno de um condutor de corrente contínua, conseguindo estabelecer a relação entre o conceito de campo eletromagnético e a eletricidade e alcançando o princípio da tecnologia de motores elétricos e do seu funcionamento (rotação eletromagnética).
Em 1831 demonstrou que era possível converter energia mecânica em energia elétrica. Foi a primeira demonstração de um dínamo que veio a ser o principal meio de fornecimento de corrente elétrica.
Também no campo da química foi responsável por descobrir o benzeno, ao produzir os primeiros cloretos de carbono e criar uma forma inicial do bico de Bunsen, o sistema de números de oxidação, permitindo a expansão dos fundamentos da metalurgia e da metalografia.
As suas experiências garantiram o sucesso na liquefação de gases nunca liquefeitos, como o dióxido de carbono o cloro, entre outros. Os frigoríficos atuais utilizam ainda hoje os princípios dos métodos de refrigeração identificados nessa época.
Ao longo da sua vida recebeu diversos títulos da Universidade de Oxford, foi eleito Membro Honorário Estrangeiro da Academia Americana de Artes e Ciências e Membro Estrangeiro em diversas academias de ciências europeias.
Os livros de Faraday eram coleções de artigos científicos e transcrições de palestras. Após o seu falecimento o diário de Faraday assim como um volumoso número das suas cartas de viagens foram publicados.
Na exposição “Vencer a Distância, Cinco Séculos de Comunicações em Portugal” poderá ver muitos equipamentos das telecomunicações que resultaram da aplicação direta de conceitos desenvolvidos por Michael Faraday.
Também no Pavilhão de Eletricidade, do Instituto Superior Técnico em Lisboa, o Museu Faraday reúne um acervo único sobre este cientista.
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