Fotografia, um olhar no tempo para memória futura

Hoje celebramos o Dia Mundial da Fotografia. Foi a 19 de agosto de 1837 que Louis Daguerre inventou o daguerreótipo, um processo fotográfico que consiste numa imagem fixada sobre uma placa de cobre, com um banho de prata, formando uma superfície espelhada. A imagem é ao mesmo tempo positiva e negativa. Permite obter imagens únicas, fixadas diretamente sobre a placa final, sem o uso de negativo.

Mais tarde, em 1839, William Fox Talbot criou outro processo, o calótipo. Semelhante ao da revelação fotográfica regular, produzia uma imagem em negativo que podia ser posteriormente positivada.

O aspeto do calótipo lembra um desenho artístico a carvão e por isso muitos fotógrafos da época usaram-no para obter fotografias que se assemelham a quadros de grande beleza estética.

No Museu das Comunicações guardamos algumas das fotografias mais antigas que contam a história dos correios em Portugal. O registo fotográfico das atividades do correio foi garantido desde cedo com a designação de um fotógrafo oficial. É o caso de Francisco dos Santos Cordeiro de quem são a maioria dos trabalhos fotográficos dos anos 30. Nascido nos Açores a 16 de novembro de 1896, foi nos Estados Unidos que fez um curso de fotografia.

Hoje divulgamos uma fotografia de 1931 que faz parte do Arquivo Iconográfico presente na Fundação Portuguesa das Comunicações. Retrata um grupo de funcionárias dos Serviços de Informação e Reclamações, habitualmente designadas por Informadoras.

O núcleo inicial de fotografias e negativos do Arquivo Iconográfico pertencia ao património documental do antigo Museu dos CTT. Tem cerca de 23 700 fotografias e negativos e 10 800 documentos iconográficos Datados de finais do século XIX até ao século XXI, estes documentos testemunham a evolução do sector, o aparecimento de novos meios de comunicação, a criação e desenvolvimento de serviços nas áreas da exploração postal e das telecomunicações e as inovações tecnológicas.