No Dia Mundial do Mar recordamos a sua importância como meio onde reside a rede global de cabos submarinos.
Existe mais de 1 milhão de quilómetros de cabos submarinos da infraestrutura mundial de telecomunicações no fundo dos mares, e há um interesse crescente de se criar uma rede global de sensores suboceânicos que permitam ter acesso a dados em tempo real sobre ameaças ambientais e mitigação de desastres no fundo dos oceanos e mares.
Os cabos submarinos transoceânicos já existem, agora há que os transformar em “cabos ecológicos” ambientalmente conscientes. A ciência, gestores de sistemas de observação, indústria, agências governamentais, entre outras entidades, têm vindo a estudar e investigar esta janela aberta de oportunidades.
Temos o exemplo da Universidade de Edimburgo que através do cabo submarino de 3.600 milhas que liga o Reino Unido ao Canadá, conseguiu mostrar que terremotos e sinais oceânicos como ondas e correntes, podem ser detetados em vãos individuais do cabo.
Apesar das tecnologias de deteção estarem a avançar significativamente nos últimos anos, oceanos e mares permanecem em grande parte sem monitoramento devido aos exorbitantes custos para a instalação de sensores permanentes no fundo do oceano.
Assim, apenas uma pequena parcela dos cabos de telecomunicações está a ser usada para fins científicos. Há universidades e agências governamentais que operam e controlam sistemas ambientais de observação oceânica mas apenas para distâncias curtas e para fins de pesquisa.
Aproveite o Dia do Mar e visite a exposição sobre cabos submarinos, uma oportunidade para ficar a conhecer o papel relevante que Portugal tem tido na rede mundial de cabos submarinos, um protagonismo assumido em 1870 com a instalação do primeiro ponto de amarração de sistemas internacionais no nosso país.
Créditos: Fotografia com três tipos de cabos / FPC.