Boas Festas – O Natal celebrado pela Fundação Portuguesa das Comunicações

O cartaz moderno tem o seu advento, no séc. XIX, fruto da invenção da litografia (1798) que permitia a impressão de milhares de exemplares em poucas horas, por um custo mais económico, tendo sido enriquecido, anos mais tarde, por outra técnica, a cromolitografia (1827).

Feito para ser afixado, prende o transeunte com as suas cores estimulantes, durante um lapso de tempo, que se quer breve, “dois segundos” diria Attilo Rossi, tempo suficiente para que a mensagem seja apercebida.

O cartaz torna-se um meio de comunicação de massa e propaga-se por toda a Europa do séc. XX.

Esta mostra, realizada a partir de 9 cartazes, pretende divulgar uma coleção da maior importância do ponto de vista estético, sobretudo do design gráfico publicitário, mas também da própria história das comunicações, onde descobrimos o traço de alguns dos melhores artistas portugueses como Abílio de Mattos e Silva e Óscar Pinto Lobo (Oskar).

Para além dos cartazes podem ainda ver-se quatro originais de uma coleção de oito bilhetes postais de boas festas, da autoria de Luís Filipe de Abreu, que datam do extraordinário ano de 1968. As peças são apresentados em diálogo com os seus desenhos originais, numa pequena amostra do que poderá ser visto na Galeria Filatélica, que, enquadrada nas iniciativas da FPC que celebram o Natal, apresenta uma seleção de peças dedicadas ao tema das Boas Festas.
A exposição patente na Galeria Filatélica (integrada na Exposição Permanente – Vencer a Distância), propõe pensar esta mensagem através de emissões filatélicas de Natal, bilhetes postais, cartões e telegramas de boas festas.

Também na Galeria Filatélica as peças são apresentadas em diálogo com os seus desenhos originais, assinados por diversos artistas plásticos portugueses, que imaginaram esta época festiva, em abordagens pagãs e religiosas, ilustrando bilhetes postais, emitidos a partir de 1936; telegramas – desde 1934; e selos, desde 1974. Podem ser apreciados trabalhos da autoria de Abílio de Mattos e Silva, Acácio Santos, António Cristino da Silva, António Santos d’Almeida, Cândido Costa Pinto, Carlos Figueira, Domingos Rebelo, Elizabete Fonseca, Emmérico Nunes, Frederico George, João Machado, Jorge Barradas, José Luís Tinoco, Luís Filipe de Abreu, Luiz Duran, Mamía Roque Gameiro, Margarida Ottolini Coimbra, Maria Keil, Raquel Roque Gameiro e Vítor Santos.