Antonio Pacinotti e o motor elétrico

A 17 de junho de 1841, nascia Antonio Pacinotti, o inventor e físico italiano que destacamos este mês, pelo seu contributo na área das telecomunicações. Ao realizar as suas experiências com um motor elétrico, Pacinotti, com apenas 18 anos, concebeu a ideia de aumentar o número de bobinas para manter a força do motor.

Pancinotti destacou-se assim ao construir um novo tipo de dínamo, o primeiro com um anel de ferro. No eixo de rotação vertical eram enroladas bobinas elétricas, ligadas a uma lâmina de um coletor de tensões. A base do eixo vertical do anel de Pacinotti girava no campo magnético produzido por dois indutores, alimentados por corrente contínua fluindo em sentidos opostos – os pólos Norte e Sul. A rotação do anel induzia tensões nas bobinas que o compunham, que eram captadas a partir dos coletores de tensões.

Pacinotti verificou que ao tentar carregar uma bateria de chumbo com o seu dínamo, quando parava o movimento da manivela, esta rodava em sentido contrário, sem a sua intervenção. Concluiu, assim, que o seu dínamo também funcionava como motor elétrico de corrente contínua.

A grande vantagem da inovação do induzido em anel foi que o dínamo passou a produzir uma tensão contínua com poucas variações temporais, quando era rodado a velocidade constante, permitindo fazer a recuperação de energia nos modernos sistemas de mobilidade elétrica.

O Dínamo de Pacinotti foi apresentado na Exposição de Paris de 1867. Nas décadas seguintes a sua invenção permitiu alimentar diversos equipamentos fundamentais para a história das comunicações.

Na exposição ” Vencer a Distância- Cinco Séculos de Comunicações em Portugal” apresentamos um núcleo expositivo dedicado aos inventores e equipamentos que revolucionaram a forma como comunicamos hoje.

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