A 22 de maio de 1998 inaugurava a EXPO 98, Exposição Mundial de Lisboa, dedicada ao tema “Os oceanos: um património para o futuro”, uma celebração dos 500 anos dos Descobrimentos Portugueses.

Inúmeros e grandes pavilhões povoaram a doca dos Olivais, na zona ribeirinha oriental de Lisboa, numa área de 330 hectares pronta a ser reabilitada. O Pavilhão de Portugal, o Pavilhão da Utopia, o Oceanário, o Pavilhão do Futuro, os pavilhões das Regiões Autónomas e muitos outros, de entidades convidadas e patrocinadores, fizeram nascer um novo polo de desenvolvimento na cidade.

A Ponte Vasco da Gama e a Gare do Oriente foram igualmente grandes apostas nas acessibilidades e infraestruturas, imprescindíveis no acesso de cerca de onze milhões de visitantes que estiveram na Expo. A curiosidade e grandiosidade de todo este projeto não deixou portugueses nem estrangeiros indiferentes.

Os elementos mar e sol foram escolhidos para o logótipo que viria a circular por todo o mundo. A mascote Gil, recebeu esse nome em homenagem ao navegador português Gil Eanes que dobrou o Cabo Bojador em 1434. O hino da exposição foi interpretado pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e reunia sonoridades dos quatro cantos do mundo, com o intuito de simbolicamente invocar a “Pangea”, o supercontinente pré-histórico de onde derivaram os continentes como os conhecemos hoje.

Um número superior a 130 países, vindos de todos os continentes, estiveram presentes nesta feira, com uma oferta cultural diversificada. Aproximadamente 5000 eventos musicais compunham um dos maiores festivais até então realizados.

A Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC) fez-se representar através da cedência de peças para a Exposição dos 100 Dias.

Os CTT produziram três emissões filatélicas, “Pavilhões Temáticos da EXPO’98”, “Temas da EXPO 98” e “Oceanos – EXPO 98 O Plâncton”; a coleção de postais “Cápsula do Tempo”, entre outros objetos postais.

À semelhança de Portugal, outros países emitiram emissões filatélicas alusivas à Expo de Lisboa, compondo-se assim um gigantesco puzzle artístico à volta do tema.

A então Portugal Telecom (PT), assinalou a sua presença na Exposição Mundial de Lisboa, com a assinatura “Uma estrela na Expo 98”. O Plano Diretor de Telecomunicações assinado entre a PT e a EXPO contemplava uma verdadeira revolução na área das telecomunicações.

O parque da exposição apresentou inúmeros desafios de comunicações que foram enfrentados com soluções tecnológicas sofisticadas e inovadoras, entre elas a realidade virtual que deslumbrou miúdos e graúdos, os quiosques multimédia, a integração de sistemas de telecomunicações para operadores de televisão e nos pavilhões, as novidades Expo 98 Walkphone e o Expo98 Phone Card.

A EXPO 98 revolucionou e influenciou as estratégias de requalificação urbana do panorama arquitetónico português com a utilização pioneira de ferramentas de design para grandes projetos de arquitetura, engenharia e construção.

Para sinalizar a data, hoje oferecemos aos visitantes coleções de postais da Expo 98. Aproveite esta oportunidade e venha passar o dia no Museu das Comunicações.

Imagem: Postal do Pavilhão da Utopia que faz parte da coleção de postais da Expo98, dedicada aos cinco novos edifícios construídos para a exposição: Pavilhão do Conhecimento dos Mares, Pavilhão da Utopia, Pavilhão do Futuro, Pavilhão de Portugal e Oceanário.