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Ditadura Militar e Estado Novo – Liberdade adiada
pública que manteve o velho acrónimo CTT – Cor-
reios, Telégrafos e Telefones.
O País apresentava assimetrias de desenvolvimento.
O território era predominantemente rural e as co-
municações telefónicas e telegráficas foram sendo,
paulatinamente, automatizadas no sistema analógico.
O processo de automatização total durou mais de
meio século (1930-1985).
Em certas localidades do interior permaneceram
os velhos telefones de origem alemã com manivela
geradora de corrente de chamar até cerca de 1970.
Noutros locais, e graças ao esforço do CET – Centro
de Estudos de Telecomunicações de Aveiro, conse-
guiram, com a inovação de linhas partilhadas con-
centradas, automatizar localidades mesmo onde não
havia eletricidade.
A gestão optimizada dos recursos em determinados
meios rurais levou à instalação de equipamentos em
que uma única linha servia sete postos telefónicos.
Este equipamento designado LPCA (linha partilhada
concentrada automática) possibilitou o uso partilha-
associar o Centro de Estudos ao meio académico. Daí
o GECA/CET estar ligado à criação da Universidade
de Aveiro, quer em termos de infraestruturas, quer
em termos programáticos.
O longo processo para a automatização das
zonas rurais
Até ao processo de cisão dos CTT em 1992, as te-
lecomunicações no território de Portugal continental
europeu e insular funcionavam a nível da empresa
GECA/CET.
Mapa de Lisboa com a localização de diversas estações, 1930.
FPC