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Ditadura Militar e Estado Novo – Liberdade adiada
As emissões de franquias postais passam a ser verifi-
cadas antes da disponibilização das mesmas ao públi-
co. Selos, bilhetes-postais, cartazes publicitários, tele-
gramas..., enfim, tudo o que envolvesse imagem de
conceção artística, era analisado pela Junta Nacional
da Educação (JNE). O parecer era, posteriormente,
homologado pelo subsecretário de Estado da Educa-
ção Nacional. Este, com base numa análise feita pela
JNE, como «análise artística», dava parecer. O pare-
cer era, muitas vezes, desfavorável a bons trabalhos.
Esta atitude era inentendível por uns e contestada por
outros (dentro dos meios e com a linguagem possível,
nomeadamente, e várias vezes, pelo administrador
engenheiro Couto dos Santos, que chegou mesmo a
dirigir-se ao presidente do Conselho, fazendo valer os
seus argumentos).
Houve trabalhos não aprovados pela JNE que foram
posteriormente aprovados por despacho ministerial.
Em 1934, para um serviço especial de telegramas de
boas-festas, por despacho do ministro das Obras Pú-
blicas e Comunicações, são criados três modelos de
impressos, com desenhos, de conceituados artistas
da época, ajustados às mensagens.
FPC