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O envolvimento com a comunidade local e a preocupação com a sus-
tentabilidade económica – doprojectoedoprópriobairro – constituem
os pilares desta Programação, implementada segundo uma lógica de
parcerias entre diferentes instituições, que têmumobjectivo comum:
a valorização da Madragoa enquanto território/espaço de interesse
cultural e turístico.»
A exposição na tríplice vertente
Esta exposição, conforme escreveu Liliana Pina, colaboradora do
Museu das Comunicações
3
, « ...
conjugou três dimensões de análise
que se materializaram em discursos complementares:
1
Oenquadramentogeográfico, históricoe social doBairrodaMadra-
goa.
2
Os objectos dos moradores do Bairro da Madragoa, enquanto
testemunhos materiais
da sua viagem. A desig-
nação dos objectos foi
atribuídapor cadaumdos
proprietários, de acordo
com os critérios de sub-
jectividade das histórias
que nos eram contadas,
com a intenção de parti-
lhar o objecto/memória e
salientar a sua singulari-
dade.
3
O documentário repre-
sentativo da dimensão
imaterial dos objectos, e
dasmemórias latentes na
escolha domesmo, invocando o imaginário individual e colectivo do
Bairro da Madragoa...»
A conjugação destas várias componentes foram apresentadas, com
sucesso, numespaço concebidopor Rui Órfão, arquitectodaFundação
Portuguesa das Comunicações.
Os conteúdos da exposição, bem como os suportes de divulgação do
conjunto do projecto – exposições, visitas e edição – beneficiaram da
experiência e entusiamo da equipa da Direcção de Comunicação e
Relações Públicas da Fundação, Isabel Santiago, Ana Ferreira e Rita
Monteiro.
O território
Esta exposição trabalhou especialmente o aspecto do território onde
se insere o Museu, contribuindo para o desenvolvimento de elos
entre um bairro com histó-
ria centenária e um museu
compoucomais do que uma
década. No espaço expositi-
vo destacouaorigemetimo-
lógica da palavraMadragoa
e teceu uma panorâmica
da sua evolução e dos seus
habitantes, numpainel com
o seguinte texto:
«
O Bairro da Madragoa
O Bairro popular e históri-
co – Madragoa – conta-nos
histórias ricas emsimbolismo
que caracterizaoquotidiano
Varinas aguardando a chegada do peixe no Cais do Sodré, 1905, Arquivo Municipal de Lisboa/Núcleo Fotográfico.
Exposição “Do Museu ao Bairro: Histórias de Viajantes”, 2009, Arquivo Iconográfico da Fundação Portuguesa das Comunicações.
