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assinado por José Estevão de Vas-
concelos. Preparava os quadros
para lugares de encarregados
de estações e telefonistas (nível
elementar) e para aspirantes de
correios e telégrafos (curso de
2
° grau). Era exigido aos candi-
datos ao curso do 2° grau, além
das noções práticas de telegra-
fia eléctrica, familiaridade com
instalações telegráficas e tele-
fónicas usuais, conhecimento
de avarias em linhas e estações
e procedimentos para as resolver,
legislação postal e telegráfica
e geografia postal (vias de comu-
nicação terrestres e marítimas
e rede telegráfica submarina).
Os cursos tinham a duração de
um e dois anos, respectivamente.
O do 1° grau implicava um tirocínio
(
estágio) de quatro meses distri-
buídos por uma estação telegrá-
fica ou telefónica e por perma-
nência de um mês na Central de
Correios de Lisboa.
Nos cursos do 2° grau, além dos
vinte candidatos habilitados com o curso elementar, estavam
reservadas seis vagas para alunos da Casa Pia que tivessem o
diploma do 5° ano dos Liceus ou equivalente, com exame de inglês.
é-lhe atribuída uma vocação
estritamente relacionada com a
execução dos serviços e o contro-
lo e correcção de avarias. Surge,
então, a Escola Prática de Correios
e Telégrafos, sob a tutela directa
da Administração-Geral, onde se
ministravam conhecimentos sobre
o uso e modo de funcionamento
dos aparelhos telegráficos mais
usuais, de Sistema Morse, dos
aparelhos especiais, de Sistema
Hughes, e, ainda, a teoria e a prá-
tica da telegrafia sem fios (TSF)
e da telegrafia submarina. Esta
escola tinha sede em Lisboa e era
dada preferência, na admissão,
aos filhos dos empregados telé-
grafo-postais.
A este nível elementar seguia-se
um nível secundário, que continu-
ava a ser ministrado nos Institutos
Industriais e Comerciais de Lisboa
e Porto, cujo acesso era permitido
aos funcionários com um mínimo
de cinco anos de serviço, aos quais
estava destinada uma parte das
vagas, sendo isentos do exame de admissão a que se sujeitavam
os restantes candidatos.
Este decreto foi regulamentado em 13 de Janeiro de 1912, sendo
Imagem da Escola Prática de Correios e Telégrafos no anos lectivos de 1916/18, desenho à pena de Carlos Fernandes, Arquivo Histórico da FPC.
Terreiro do Paço, em Lisboa - Planta da sobre-loja da central telegráfica com a localização da Escola Elementar de Telegrafia, Arquivo Iconográfico da FPC.