Página 86 - Códice nº5, ano 2008

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xas da população CTT, testemu-
nhada pela crescente frequên-
cia das suas instalações na Av.
Casal Ribeiro.
...
e o fim.
Os anos 90 assistiram a altera-
ções estruturais profundas que
ditaram um fim inglório a este
edifício tão laboriosamente cons-
truído desde finais do século XIX.
Como decréscimo do âmbito dos
CTT, enquanto empresa de Cor-
reios e Telecomunicações, e a
assunção de uma vocação exclu-
sivadeprestaçãode serviços pos-
tais,todos os serviços centrais da
empresa foram questionados
quer na sua dimensão quer nos seus objectivos e utilidade. A esta
problemática não escapou a existência da própria Biblioteca.
Em 1992, quando a cisão entre os CTT, Correios de Portugal e a então
Telecom Portugal se concretizou, a Biblioteca entrou num limbo de
indefinição que ditou uma transferência apressada para instalações
provisórias na Rua de S. José, 10, de parte do acervo considerado his-
tórico e com interesse informativo para os objectivos estatutários da
futura Fundação Portuguesa das Comunicações. Porém, nesta tran-
sição perdeu-se irremediavelmente parte do espólio documental e
mesmo bibliográfico, nomeadamente documentação técnica, publi-
cações periódicas e monografias cujas cotas de classificação não se
enquadravam nos critérios entretanto definidos.
reinstalaçãomais adequada do
vasto espólio existente
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e pro-
cedeuà elaboraçãode umcatá-
logo sistemáticoexaustivo repor-
tado ao ano de 1950.
É, no entanto, necessário espe-
rar pelos anos setenta para
assistir a uma verdadeira revo-
luçãoqualitativanoque se refe-
re à Biblioteca. Em 4 de Julho de
1973,
pela ordem de serviço n
o
20,
é criado o Centro de Docu-
mentação e Informação (CDI)
dos CTT, na dependência da
secretária-geral, vocacionado
essencialmente para o forneci-
mento de informação técnico-
profissional de forma descen-
tralizada e em rede, suportada pela existência de núcleos de docu-
mentação associados às diversas direcções da Empresa e baseada
numa informatização progressiva.
A Biblioteca que estava na dependência da Direcção dos Serviços de
Pessoal é desanexada desta estrutura e fica como umdos sectores do
CDI,mantendo-se as suas habituais atribuições de aquisição, trata-
mento, divulgação e conservação.
Esta situação mantém uma certa estabilidade e progressiva moder-
nização dentro damesma linha programática à qual é acrescentada,
a partir de 1977,a vertente de desenvolvimento cultural junto dos tra-
balhadores comum impacto conhecido na aquisição de novos conhe-
cimentos e competências escolares e académicas junto de largas fai-