Página 1 - Códice nº3, ano 2006

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tíveisentre si.Berners-Lee«limitou-se»a juntardois conceitosque
já existiam,mas que actuavam de forma separada:os
hyperlinks
(
a ideiade«saltar»entredocumentosdiferentes,quefoicriadoem
1945
porVanebarBush)eprópria Internet(ligaçãoem rededecom-
putadoresemqualquerpontodomundo,desenvolvidaapartirdopro-
tocoloTCP/IP,criadoporVintCerteBobKahnem 1974).
AchegadadaWWW
EntreachegadadaWWWeasuamassificaçãooudemocratizaçãovão
decorrer ainda cerca de três anos.De facto,inicialmente,aWWW
começouporserutilizadaapenasnosmeiosacadémicos.Arevolução
dautilizaçãodaWWWaconteceriaem1994,comacriaçãodoMosaic,
oprimeiro
browser
gráficoquepermitiauma instalaçãoeutilização
acessíveisaqualquerpessoa.Este
browser
veiodarorigemaofamo-
soNetscape,quedominouomercadoatéao lançamentodoInternet
Explorerem 1996,dataemquesecomeçaa falardaWeb 1.0.Eraum
mundoqueentãose resumiaa250mil
sites
ea45milhõesdeutiliza-
doresecuja frase-chaveera«Mostly read-onlyweb».
ComoMosaicestavalançadooprincípiodademocratizaçãoedaglo-
balizaçãodaInternet,algoinimaginávelparaTimBerners-Lee.Poralgu-
ma razãoaWWWéconsideradaapartemais importantee,simulta-
neamente,mais interessante da Internet,etambém a quemais
expansãoobteve.Napráticaéumsistemaquereúneumgrandecon-
juntode textos,imagens,sonse filmesespalhadospor vários com-
putadores ligadosà Internet,permitindoavisualizaçãodessa infor-
maçãoea importaçãode ficheirosedocumentos.Mas,enquantoa
Internetéumconglomeradode redesemescalamundialdemilhões
decomputadores interligadosquepermiteoacessoa informaçõese
todo tipode transferênciadedados,aWWWéumdosmuitosservi-
çosoferecidosnaInternet,emborasejaomaisfamosoedemaior impac-
D
esde que a revolução das novas tecnologias de informação e
das comunicações (NTIC) ou simplificando,da informática,se
iniciou – não há consensomas é possível situá-la em 7 deAbril de
1962,
como lançamentodo
mainframe
IBM S/360 –quenãopassa
quaseumdiasemqueestemundonãonosdesafieounãonossur-
preenda.
Noentanto,foiaassociaçãodaInternetaossistemas informáticosem
força,apartirdadécadade90,quenos trouxeamaiorsurpresade
todas,ao vir revolucionar a forma como hoje olhamos omundo e
comunicamos,mas tambémcomo trabalhamosevivemos.
Omomentocríticoe revolucionáriofoia invençãoda
WorldWideWeb
(
WWW) em 1991,uma vez que,até essemomento,a Internetera
sobretudoumaplataformade comunicaçãoe informaçãoutilizada
pelosmilitares,ondenasceuesedesenvolveu,eporalgunsmeiosaca-
démicos.
Tudo começou em 1989,quando o investigador britânico,Tim Ber-
ners-Lee,desde2004condecoradocomoCavaleirodeSuaMajesta-
de,propôsa criaçãodeumprojectoglobaldehipertextoenquanto
trabalhavanoCERN(CentreEuropéenpour laRechercheNucléaire),
quepermitisse queaspessoastrabalhassememredeatravésdassuas
organizações,
links
enavegaçõesdepáginascomconteúdo.Talpro-
jectodehipertextotornou-seentãoconhecidocomoWWW,tendovindo
àluzdodiaem6deAgostode1991.Foiumpequenomas importan-
tepassonahistóriadatecnologia.Alémdeter lançadooprimeiroser-
vidordaWWW,acompanhadoda linguagem
HTML (HyperTextMar-
kup Language)
,
TimBerners-Leeconcebeuaindaoprimeiro
browser
(
programadevisualizaçãodaWWW),dandoum contributodecisivo
paradesenhara Internet,talcomoaconhecemoshoje.Asua inten-
çãoerafacilitaratrocadedocumentosentre investigadoresdoCERN,
osquaisutilizavamferramentas informáticasmuitasvezes incompa-
Idalécio Lourenço
|
Licenciado emHistória, Jornalista
Da
WorldWideWeb
à
Web2.0
:
asnovasformasde
comunicaçãonaInternet
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48
Maria João Fernandes
|
Crítica deArte, Poeta
Àprocuradoamorperdido:
cartasdeamorde
desconhecidos,asuamagia
Phoebe,MadeleineLemaire, 1896
CançãodoClaroMistério
Ninguémsentirábemestemistério
Humanodapaixão...
Emboraeuabraà luzomeusegredo,
Sóeuoentenderei -meusonho ledo
esem fim,a florirnocampoetéreo,
Rosaldocoração.
Minhaalma iniciadanaverdade
Doamoreternoe forte,
Podescantar,agora,acançãoverdadeira
Dohumanoamor,aardernavida inteira,
Edasalmasvoandoàeternidade,
Vencendovidaemorte.
Podescantar,frementedealegria,
Estahumanavitória,
Enquantochoram,de renúncia,os tristes
Quenãosouberamver-teaondeexistes,
Fontede luta imensaedeenergia,
Luzdesangueedeglória.
Cantasemvéus.-Nãoéqueumvulgoespesso
Eossectárioscruéis
Dosepulcrodepedra,nãoesmagassem
Tuavidae teusonho,seacordassem...
Devescantar,porém.Éocomeço
Damanhãdos fiéis.
Canta,Devescantaro teuencanto,
Livredemedosvãos...
Devescantar,semmedo,oardorbendito
Dasalmascombatentesno Infinito!...
-
Eaquelesqueentenderemo teucanto
Aceita-oscomo irmãos!
Poemas Líricosde JoãodeCastroOsório
OCancioneiroSentimental.
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JoãoConfraria
|
UniversidadeCatólica Portuguesa, Faculdade deCiênciasEconómicas eEmpresariais
Salazareoserviço telefónico:
a revisãodepreçosde 1950
ContratodeConcessãode 1927as tarifasdaAPT seriam revistaspela
«
Administração-GeraldosCorreioseTelégrafos,deacordocomaCom-
panhia,nosprimeirosdiasdecadatrimestredoanocivil,aaplicarapar-
tirdoprimeirodiadessetrimestre,se,porcausadasflutuaçõesdocâm-
bio,preçosdosmateriaisemão-de-obra,aAdministraçãodosCorreios
eTelégrafosouaCompanhia verifiquemeprovemanecessidadede
seremalteradasparaosfinseconómicosefinanceirosdaexploração».
Arevisãosóseriafeitaporalteraçõesdecâmbio«quandoasvariações
paramaisouparamenosdamédiatrimestraldovalorda libra»fossem
superioresa4$50
1
.
Em23deJunhode1936,alturadaúltimarevisãode
tarifas,acotaçãoda libraerade 109$80.Em25de Junhode 1945era
de99$00.Justificar-se-iaassimuma revisãodepreços.Masoscustos
tinhamaumentado.AAGCTTconfirmouocrescimentodossalários,assim
comodasdespesascomasedeemLondres,excluindoasremunerações
dadirecção.Aomesmotempo,referiuospequenosmontantesgastos
emmateriais.
Estesaumentosde custoseram fontedeproblemasnão sódevidoà
estagnaçãodospreçosnominaismas,principalmente,porqueasrecei-
tasnãotinhamaumentadodamesmaforma.Ocrescimentomais lento
das receitas devia-se a falta de investimento daCompanhia que,
segundoaAGCTT,nãoconseguira«aguentaroaumentode tráfego
edepedidosde instalaçõescomosequipamentosquetinhano início
daGuerraem1939»
2
.
Eamanutençãodepreçosnominaisconstantes
entre1936e1941 implicouumaquedadepreçosemtermosreaisdequase
50% [
quadro 1
].
InicialmenteaAPTadmitiatratar-sedeumaumentotransitório,resul-
tantedasdificuldadesdeajustamentodessesanos,enquantoospre-
çoseossaláriosnãoretomassemosvaloresanterioresàguerra.Depois,
evoluiuparaumaposiçãomaisprecisa,abandonando-seapossibilida-
dedoaumentodepreçossertransitório.
E
m1945,concluídaaSegundaGrandeGuerra,aCompanhiaAnglo-
PortuguesadeTelefones(APT)solicitouumarevisãodastarifasdos
serviços prestadosnasáreas concessionadas de Lisboa e do Porto.
Estastarifasnãosealteravamdesdeasgrandesmudançasdefinais
dosanos1920até1936,quetinhamgeneralizadoatarifaçãodotrá-
fego,extinguindoas tarifasplanas.
Oprimeirodocumentoapresentadopelaempresa,emJunhode1945,
eramuitogenéricoepouco fundamentado.Por isso foimuito justa-
mentecriticadopelaAdministração-GeraldosCorreiosTelégrafoseTele-
fones(AGCTT).EmMaiode1948aAPTapresentouumestudomaispro-
fundo,depoisdemuitadiscussãocomaAGCTT.EmOutubrode 1948
foiapresentadanovapropostae,emprincípio,melhorfundamenta-
ção.Adecisãofinalfoiobtidaem 1950.
Oprocessofoidemoradoecomplexo.Muitasrazõesforamavançadas
deumedeoutro lado.Asnegociaçõesforamtensaseemdoismomen-
tos,pelomenos,aAPTprocuroudesvalorizaraAGCTT,tentandonego-
ciardirectamentecomoministrodasComunicações.Apretensãonão
teveacolhimento,massemprehaviaaesperançadequeatravésde
uma intervençãopolíticaseultrapassassemasposiçõesconsideradas
mais radicais daAG CTT.No entanto,esta cumpria orientações do
ministrodasComunicações,comconhecimentoeaceitaçãodopresi-
dentedoConselho,emborativessetambém,umpapelessencialnapolí-
ticadecomunicações.Uma intervençãodeSalazar,em1950,resolveu
osproblemaspendentes.
Oobjectivodeste trabalhoésistematizarosprincipaisproblemasde
política tarifária presentes neste processo e analisar as principais
linhasdeorientaçãoda intervençãofinaldeSalazar.
AspretensõesdaAPT
De acordo com os princípios de revisão de preços estabelecidos no
OliveiraSalazar, presidente do conselho deMinistros, acervo iconográfico daFPC.
4
visandooobjectivooposto,ousejadesvendarosignificadodessasmes-
masmensagens.
Nãosem,antes,descreveratraços largoscomoeraencaradoosegre-
dodascorrespondênciaspelassociedadesdeAntigoRegime,buscando
doisexemplosconhecidos,odaFrançaanterioràRevoluçãoeocaso
portuguêsatéàvitóriado liberalismo.
Osigilodas correspondências:doisexemplos
DesdeaAntiguidadequeo segredodas comunicaçõesescritaspor
razõespessoais,políticas,militaresououtrasfoisendoalvodecons-
tantes atentados.A cada forma de ocultar asmensagens corres-
pondemcircunstânciasmuitoconcretasdeataqueàconfidencialidade
dasmesmas.Associadaaestarealidadetambémestevequasesem-
preacondenação«oficial»daquebradesigilo.
NoperíodoanterioràRevoluçãode 1789,matrizde todasas revolu-
ções,aFrançaconheceua institucionalizaçãodeumaestruturadoEsta-
doqueprocediasistematicamenteàviolaçãodascorrespondências,
o«CabinetNoir».
Acriaçãodeste«serviço»correspondeuauma longaevoluçãodesde
aIdadeMédiaealicerçou-senoprocessodeconstruçãodeumEsta-
docentralizadoeunitário,tendosido LuísXI,umdosseusprincipais
protagonistas,particularmente insistentena intercepçãoeviolação
das cartas.Esta prática tornou-se,assim,cada vezmais comum,
adquirindo,inclusive,oestatutodedireitodesoberania,dedireitoreal.
Masháquenotarqueelaestevesempreencoberta,nãosendoassu-
midacomotal,pois isso impediria,naturalmente,o livrecursodopen-
samentoescritoperdendo,destemodo,a suautilidade.A reprodu-
çãofalsificadadosselosoumarcasdeautenticaçãorevela-se,neste
contexto,uma outra forma de encobrimento da quebra de confi-
dencialidade.
O
quepoderãoteremcomumosplanosdosmonumentosdeAme-
nemhatIII,preparados pelo seu arquitecto Khnumhotep II
(1800
a.C.),amorteda rainhaMariada Escócia (1587),Thomas
Jefferson,autordaDeclaraçãode Independênciados Estados
UnidosdaAmérica (1776),ofimda IIGuerraMundial (1945)eafibra
óptica?
Este conjunto aparentemente aleatório de factos,personagens,
documentosetecnologiastem,efectivamente,umfiocondutorpouco
perceptívelaumprimeiroolhar.Trata-sedeumpequenoenigma,o
quenos introduzdirectamentenotemaquenospropomosdesenvolver,
odo segredo
versus
comunicação,dois conceitos aparentemente
antagónicos e,no entanto,indissoluvelmente ligados no devir da
humanidade.
Efectivamenteapulsãoeanecessidadedecomunicarpodeter,efre-
quentementetem,entravesconscientesàsuadifusão.Comunica-se
algo,amensagem,aconjuntosalargadosdedestinatários,osrecep-
tores,aoníveldacomunicaçãosocial,porexemplo,aumauditórioestu-
dantilouespecializadomas,maiscorrentemente,noquotidianodecada
pessoa,aumdestinatáriopreferencial.Nacomunicaçãoescrita,numa
cartaounum
e-mail
queseenviam,háanecessidadereconhecidade
queoseuconteúdo,pormais inócuoquepossaser,apenassejaconhe-
cidopelodestinatário.Agarantiadosegredo,da inviolabilidadedessa
correspondência,éumprincípiogeralmenteaceiteemsociedadesde
estruturapolíticademocrática,masa tensãocontrária,adaquebra
dosigilo,continuaaserefectivaepermanente.
Assim,propomo-nosverificar como tem sido resolvidaestaquestão
atravésdastécnicasdecriptografiaecriptoanálise,istoé,doconjunto
deprincípiose,ou,equipamentospelosquaisa informaçãopodeser
alteradadasuaformaoriginalparaumaforma ilegívelporquemnão
estejaautorizadoaacederaoseuconteúdoeoconjuntodetécnicas
Comunicaçãoesegredo:
históriabrevedacriptografia
IsabelVarão
|
LicenciadaemHistória pelaFaculdade de Letras daUniversidade de Lisboa -QuadroSuperior da FPC
Monge copista,Bíblia dos Jerónimos.
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versobretabuinhasdebarro,queerampequenasedeformaquadrada,
redigindo-seentãodecimaparabaixo.Depoiscomeçaramaserusa-
das tabuinhasmaiores e rectangulares,previamente preparadas
peloseuutilizador,oqueforçouosescribasamudaraposiçãodamão
esquerda,comqueseguravamatabuinhaenquantoescreviam.Como
resultado,ossignossofreramumarotaçãode90grausnosentido inver-
soaodosponteirosdorelógio,perdendoassimassuasqualidades ico-
nográficas.
EmmeadosdoIImilénioastabuinhaseramescritase lidasdaesquer-
daparaadireitaem linhashorizontais.Aestilizaçãoeanormalização
daescritacuneiformetornaramacunhanoelementobásicodacons-
truçãodossignos.Quandoestaescritaficoucompletamentedefini-
da,a orientação das cunhas foi restringida,e apenas cinco tipos
eramutilizadosparaacomposiçãodesignosmaiscomplexos.
Gradualmente,ovalordosomdossignosfoiganhando importância,
enquantoossignificadospassavamparasegundoplano.Noentan-
to,estasolução introduziuumaambiguidadeconsiderávelnosiste-
ma,jáquemuitossignosse tornarampolivalentes,comsignificados
diferenteseváriosvalores fonéticos.
Osproblemasdahomofonia,que semantiveramno sistema cunei-
forme sumero-acádio,geraramuma sériadificuldade suplementar,
poissignosdiferentespodiam teromesmosom.Pararemediaresta
situaçãofoi introduzidoumoutrotipodesigno,que,talcomonoshie-
róglifosegípcios,sedesignapor«determinativo»,oqualnão se lê
masprestaumavaliosaajudana interpretaçãodaspalavras,sobre-
tudoparadesfazerasambiguidadesresultantesdahomonímia,que
aliáseramuito frequenteem sumério.Agrandediferençaéquena
escritahieroglíficaegípciaosignodeterminativovaisemprenofinal
enquantonosistemacuneiformesumério-acádiovaigeralmenteno
princípio.
F
oinaSuméria,noSuldaMesopotâmia,quepelaprimeiravezapa-
receramsignosquepodemoschamardeescrita.Defacto,cercade
3300
a.C.(asdatasvariamdeautorparaautor)surgemosprimeiros
frustespictogramassumérios,emUruk (nonívelIVqueasescavações
puseram a descoberto).Esses pictogramas iniciais deram origem à
escrita cuneiforme usada naMesopotâmia e nas regiões vizinhas.
DuranteoperíodosumériodeDjemdetNasr (c.3200a3000a.C.),em
queonúmerode signosvaiaumentando,foramestabelecidos con-
tactoscomerciaiseculturaiscomodistanteEgipto,deixando lámar-
cas da presençamesopotâmica.Desses contactos terão resultado
asprimeirastentativasdeelaboraçãodeumaescritapróprianopaís
doNilo,aescritahieroglífica,emboraváriosautoresdefendamquea
criaçãodestanovaescritasedeveauma iniciativaautónoma.
Alínguasuméria,detipoaglutinante,nãotem relaçõescomnenhu-
ma outra língua conhecida,e os verbos não têm declinações nem
conjugações,ena sua escrita nota-se a ausência de vários sinais
capazesdereproduzirsonsprópriosdas línguassemitas,comooacá-
dioquevemaseguir,nomeadamenteossonsfaringais.Ospictogra-
masrepresentavamascoisasconcretasdavivênciadeumpovodeagri-
cultoresedecomerciantes,surgindodificuldadesquandofoineces-
sário registar coisasabstractase conceitos.A solução foioaprovei-
tamentodassemelhançasprosódicasentrepalavras,paraqueumsigno
referente a um nome concreto fosse utilizado para um nome abs-
tracto.Poroutro lado,paraaumentara funcionalidadedo sistema,
foramalargadosossignificadosdossignos jáexistentes:éocaso,por
exemplo,do signo representandoumarado,oqualvaliaparao ins-
trumento agrícola propriamente ditomas também para«arar» e
«
agricultor».
Como tempo,e comaprática,os iniciais signospictográficos foram
sendocadavezmaisestilizados,emresultadodaprópriaacçãodeescre-
Daescritacuneiforme
àescrita latina
LuísManuel deAraújo
|
Professor da Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa (InstitutoOriental)
A rotação de signos: dos iniciais pictogramas aos signos cuneiformes.
Pictogramas
Sumério clássico
Acádio
Assírio
Babilónio
Neo-
Uruk
c.3100a.C. DjemdetNasr
c.2400a.C.
antigo
antigo
antigo
Neo-assírio
babilónio
Aoalto
a90˚
c.2800a.C
Linear
Cuneiforme c.2200a.C. c.1900a.C. c.1700a.C.
c.700a.C.
c.600a.C.
Cabeça compescoço
(
significado:cabeça,frente)
Cabeça compescoço
comdentes indicados
(
significado:boca,nariz,voz,
falar,palavra)
Corpohumanoestilizado
(
significado:homem)
Ave sentada
(
significado:ave,pássaro)
Cabeçadeboi
(
significado:boi,touro)
Estrela
(
significado:céu,deuscelestial,
deus)
Água corrente
(
significado:água,semente,
pai,filho)
ANO IX
|
SÉRIE II
|
2006
|
ANUAL
|
NÚMEROTRÊS
presidente do conselho de administração
JOSÉ LUÍS C. ALMEIDA MOTA
director
ISABEL SANTIAGO
coordenação editorial
RITA SEABRA
colaboraram neste número
IDALÉCIO LOURENÇO,
ISABEL VARÃO,
JOÃO CONFRARIA,
LUíS MANUEL DE ARAÚJO,
MARIA JOÃO FERNANDES
direcção gráfica
LUÍS SOARES, PAULO FRÓIS
paginação
DUPLADESIGN, LDA
fotografia
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pré-impressão, impressão e acabamento
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editor
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DAS COMUNICAÇÕES,
GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM
depósito legal
125 540/98
issn
0874-2901
tiragem
2000
EXEMPLARES
Códice é uma publicação registada sob o número 122 468
capa:
tabuinha de argila de Churupak com texto cuneiforme
(
meados do III milénio a. C.).
verso da contra-capa:
capítulo 84 do exemplar do
«
Livros dos Mortos» feito para o escriba Ani
(
XIX dinastia, cerca de 2500 a. C.)
4
Comunicação e segredo:
história breve da criptografia.
Isabel Varão
18
Da escrita cuneiforme à escrita latina.
Luís Manuel de Araújo
32
Salazar e o serviço telefónico:
a revisão de preços de 1950.
João Confraria
48
À procura do amor perdido: cartas de amor
de desconhecidos, a sua magia.
Maria João Fernandes
76
Da world wide web à web 2.0:
as novas formas de comunicação na Internet.
Idalécio Lourenço
4
48
32
18