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Como ponto prévio a esta reunião, a CWL insistira sobre:
>
A discussão dos pontos anteriormente apresentados.
>
Opagamentodeencargos damanutençãodo cabo Lagos/Luanda.
>
A eliminação do cabo Bathurst/Bissau.
>
Opedido de fusão das diversas companhias daÁfricaOcidental em
nome da CWL.
Os CTT entendiam ser preciso:
>
Coordenar os meios de telecomunicações existentes, comple-
mentando a utilização dos cabos e do rádio.
>
Rever o sistema tarifário entre os territórios do Império na base de
uma tarifa única.
>
Estabelecer o serviço radiotelefónico Lisboa-Luanda-Lourenço
Marques em condições de acessibilidade ao público.
>
Avaliar o aproveitamento das estações radiotelefónicas de Luan-
da e LourençoMarques para serviço de radiodifusão nas colónias;
>
Rever o sistema tarifáriodo serviço radiotelefónicono triânguloCAM.
>
Fazer a revisão do contrato da Companhia Marconi.
O Eng.Vaz Pinto referiu que o presidente,ao falar de uma tarifa única
telegráfica com as Colónias, previra o princípio da garantia de tráfe-
go mínimo por parte do Governo. Questionou se idêntica garantia
estava prevista para o serviço radiotelefónico Lisboa-Luanda-Lou-
rençoMarques. Adiantou que a possibilidade da Companhia fornecer
os suportes de transmissão para radiodifusão conduziria a ummelhor
aproveitamento das infra - estruturas e permitiria melhorar a explo-
ração dos restantes serviços.
A CWL, não tendo obtido resposta directa aos pontos que colocara,
propôs o adiamento dos trabalhos devido à «nova guerra euro-
peia».
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Entendia ser também do interesse do governo português a
manutenção do
status quo
,
ou seja, dos cabos submarinos existen-
tes. Esta proposta foi aceite e os trabalhos foram suspensos.
O ponto da situação
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,
feito em conjunto pelo MOPC e pelas Colónias
destacava:
>
A principal preocupação dos delegados doGoverno fora a deman-
ter,namedida do possível,o
status
quo da situação dos cabos das
colónias portuguesas daÁfricaOcidental,mais por razões de segu-
rança do que por necessidade de exploração já que,uma vez aper-
feiçoadas as estações de rádio das Colónias,o serviço poderia ser
assegurado exclusivamente por essa via.
>
Haviam sido tomadas em consideração as razões de ordem eco-
nómicaapresentadas pelas companhias,nomeadamenteos encar-
gos suportados para tão pequeno volume de serviço executado.
Transigira-se por isso com a eliminação de serviços que não pre-
judicavam fundamentalmente a segurança dos territórios por-
tugueses e que conduziama uma redução significativa nos encar-
gos das companhias inglesas de cabos,desde que estas e a CPRM
concordassem em coordenar entre si a execução dos mesmos
serviços.
>
Os trabalhos da comissão habilitavamo Governo a orientar a sua
resolução em qualquer altura, logo que as companhias voltas-
sem a apresentar o problema.
Em relatório privado enviado aoMOPC,o AGCT Eng.Duarte Calheiros
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referia que:
a) As Colónias já hámuito que se tinhamdesinteressado da ligação
à rede dos cabos submarinos, como provavam diversos casos de
desamarração de cabos - de Angola à Cidade do Cabo, da costa
deMoçambique ao Cabo e aomar Vermelho, do cabo que, na ilha
de Santiago, ligava São Vicente a Bathurst.
b) Embora as condições de exploração não permitissemmanter eco-
nomicamente as duas vias, cabo e rádio,para as colónias de baixo
tráfego, por razões de segurança e de estratégia das telecomu-